Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

Vila Formosa - São Paulo - Brasil

80 Anos de História do Santuário: Parte 9: A origem de nossas pinturas históricas

 

interna

 

Beleza, grandeza e fé. Esses são os três adjetivos que melhor descrevem as pinturas presentes no Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração. Contar a história dessas pinturas é também lembrar um pouquinho da história da nossa igreja, nestes 80 anos.

Como a gente sabe, a história do nosso Santuário está bastante ligada à Holanda. Grande parte das pinturas que temos foram realizadas logo no início da construção, pelo pintor holandês  Henk Asperlagh. Talentoso, o artista também assinou outras obras no Brasil como as pinturas da Paróquia Nossa Senhora da Soledade, em Itajubá – que hoje já estão extintas. O convite para fazer todas as pinturas internas e a imagem de Nossa Senhora do Sagrado Coração externa do Santuário veio do Pe. Francisco Janssen MSC. Henk teve liberdade para pintar com as inspirações e referências artísticas que trazia da Holanda. O pintor, então, fez um esboço de todas as obras que faria no Santuário e apresentou ao Pe. Francisco que as achou fantásticas e autorizou o trabalho.

O artista holandês concretizou seu trabalho com pinturas marcantes como os quadros da via sacra pintados com tintas à óleo, o arco do presbitério da Assunção de Nossa Senhora ao Céu e sua coroação como nossa Mãe e obras de passagens bíblicas, de alguns santos e de imagens significativas como a da mãe pelicana, ao lado esquerdo do presbitério, que simboliza a entrega do corpo e sangue de Jesus para seus irmãos na Última Ceia.

Restaurações:

Ao longo do tempo, a imagem de Nossa Senhora do Sagrado Coração, na parte externa do Santuário, ganhou uma restauração e se transformou em um mosaico. No início da década de 1990, as obras feitas por Henk Asperlagh quase foram perdidas. Na ocasião, a igreja foi pintada com tinta de algodão, as paredes estavam firmes, mas o telhado não tinha sido restaurado e uma chuva fez com que as paredes ficassem sujas. Para amenizar a situação, as paredes foram lavadas mas isso comprometeu as pinturas que quase sumiram. “Foi então que o Pe. Almir Miranda, em 1994, contratou um senhor que restaurou, pacientemente, todas as pinturas de Henk que, por pouco, não foram perdidas”, lembra Nélson Coquiéri , funcionário e devoto do Santuário. No final da gestão do, hoje, Bispo Dom Manoel, foram também recuperadas as pinturas da Multiplicação dos Pães e da Sagrada Família.

Mesmo com todas as mudanças, as obras ainda são eternizadas em nosso Santuário e podem ser tidas como obras de arte e referência para novos artistas e amantes de arte sacra.

Aline Imercio
Fotos: Patrícia Pelizzari e Aline Imercio