Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

Vila Formosa - São Paulo - Brasil

80 anos de História – Parte Final:   Nosso Santuário hoje e amanhã

 

PARA O CORPO DO TEXTODepois de falar aqui neste espaço, durante pouco mais de um ano, sobre a história tão grandiosa do Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração e os seus 80 anos de existência, nada melhor do que ter um episódio que fale sobre o Santuário hoje e no futuro. E para falar sobre o que é e o que poderá ser este espaço sagrado, conversei com o atual pároco e reitor, Pe. Reuberson Ferreira MSC. Confira a entrevista:

Como o senhor vê o Santuário de Nossa Senhora do Coração hoje?

Padre Reuberson: Eu vejo como um importante símbolo religioso na Vila Formosa. Um lugar de passagem de peregrinos, de oração, de fé. Um grande símbolo da presença de Deus no meio da grande cidade.

Quais foram as obras ao longo desses 80 anos que o senhor considera mais importante?

PR: O próprio Santuário já é uma obra importantíssima que foi feita. Tudo nele foi muito bem pensado, tudo muito bem planejado. Detalhes como da arquitetura, que levavam em consideração os aspectos bíblicos, são uma grande obra.

Quais foram as melhorias feitas ao longo dos tempos?

PR: Foram algumas. Por exemplo, a capela de velas foi feita na gestão do Pe. Bertasi. A capela do Santíssimo, também, foi feita posteriormente ao Concílio Vaticano II. Algumas pinturas, que tinham sido escondidas, ganharam espaço na nave da Igreja na gestão do Dom Manoel. E os vitrais também foram recuperados ao longo do tempo.

O que é hoje ser pároco de um Santuário cheio de história como o nosso?

PR: Ser pároco, em primeiro lugar, é ter respeito pela história. Achar que ela é bonita, deve ser revivida e recontada a todos que deste Santuário se aproximam. Segundo, é ter uma visão ampla e dilatada do que esse Santuário precisa. Não é um Santuário qualquer, não é um Santuário pequeno, ele sempre precisa que se sonhe grande.

Como o senhor vê o Santuário daqui a dez anos?

PR: Daqui a dez anos, eu penso o Santuário com três aspectos: Primeiro como local de formação, minha insistência com todos agentes de pastoral hoje é para que vivam a fé e sejam pessoas de conhecimento e ação. Segundo, eu vejo o Santuário como casa de espiritualidade, as pessoas veem aqui para buscar oração e eu aqui quero que as pessoas se sintam vivendo esse espírito de oração. E sonho, por fim, que aqui também seja um lugar de missão. Que os nossos paroquianos se sintam comprometidos realmente com o anúncio do evangelho, por isso sempre trabalho com cursos de espiritualidade e formações.

Quais são as obras mais importantes que temos em andamento hoje? Em termos de estrutura física e de ação pastoral?

PR: Penso em algumas obras de estrutura física. A parte externa do nosso Santuário precisa ser melhorada. Tenho o projeto de construir o Memorial da Torre. Fazer da nossa Torre um espaço aberto para visitas e oração. Segundo, seria transformar a capela de velas em um ambiente mais límpido e de oração, assim como melhorar a loja e os banheiros. Também queremos melhorar as salas de atividades pastorais e tenho sonho de construir, onde hoje é a sala de liturgia um espaço Marial, com mosaicos sobre Nossa Senhora do Sagrado Coração. Projetos que estão em gestação, não necessariamente em andamento. Falando de ação Pastoral, um projeto em andamento é a troca da coordenação das pastorais. Eu tenho me esforçado para alterá-las, porque qualquer coordenação, como um organismo vivo, nasce, cresce e fenece, por isso é necessário que existam novas coordenações para que o Santuário continue sempre vivo e sempre puljante.

Quando o senhor sair do Santuário como pároco, como pretende deixar a comunidade para o novo pároco assumir?

PR: Primeiro, uma comunidade rejuvenescida, formada e convicta da sua fé e espiritualidade e, sobretudo, com compromisso missionário. Quero deixar também as estruturas pastorais funcionando, organizadas, para além do esforço do padre ou não.

Quanto ao número de féis. O senhor percebe um aumento ao longo dos anos?

PR: A nossa paroquia passou por mutações e tem suas variáveis. Eu sinto que hoje a participação das pessoas nas celebrações se mantém igual, as pessoas veem as missas, e elas são cheias, Graças a Deus. Mas lembrando que aqui é um Santuário, então deveria ter mais peregrinações. E, neste sentido, a gente não tem tantas. E eu tenho lutado para que haja mais, com eventos como o Encontro Regional do Terço dos Homens, Encontro Regional do Apostolado da Oração e ano que vem teremos a Peregrinação da Legião de Maria do Estado de São Paulo.

Olhando para o futuro, como seria a festa de 160 anos de nosso Santuário?

PR: Eu imagino uma festa esplendorosa, pessoas vindo de todos os lugares, de todas as regiões para celebrar a verdadeira Mãe de Deus e Nossa. Eu imagino até o tema, poderia ser tirado do livro de Reis: “Fizemos um longo caminho, mas ainda temos uma longa caminhada a percorrer”, dando a entender que o Santuário fez muito, construiu muito e ainda vai fazer muito. Acho que nosso Santuário tem potencial e pode crescer. Aqui as pessoas são extremamente boas, doadas e talentosas. E isso faz com que cada um coloque seu dom a serviço e que o Santuário cresça. Que Deus me dê força para fazer com que nosso Santuário seja novamente grande. Grande em peregrinos, grande em espiritualidade, grande em missão, grande em formação. Amém!

Aline Imercio
Fotos: Arquivo do Santuário