“Fraternidade e a Vida no Planeta” – “A Terra geme em dores de parto” (Rm 8,22).

Por que a Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema a Vida no Planeta?

Muitas são as respostas e é necessário pensar sobre elas, cada uma com sua parte de verdade e responsabilidade. Procuraremos ao longo deste ano nesta coluna apresentar pista que nos mostrem o que fazer.

Pelo número e tamanho dos desastres ecológicos e sociais causados por chuvas, ventos, furacões, seca, ondas de calor e incêndios, cresce também o número de pessoas que se perguntam: o que está acontecendo? Por que tudo isso agora? É algo natural, uma mudança que nasce da história da Terra?

É bem possível que a palavra ou expressão mais repetida nos últimos dez anos tenha sido “mudanças climáticas”. Ela tem servido como “nome” das mudanças que todo o mundo vê, e muitos sofrem; lembremos os acontecimentos ocorridos devido às chuvas em todo o país, principalmente São Paulo, Rio de Janeiro, os mais próximos de nós. Quantas vidas perdidas! Quanta destruição! Mas, não basta assustarmo-nos com o que vemos, sofrendo com as pessoas e comunidades atingidas; é preciso ir mais fundo, chegando ao que está na raiz e provoca as mudanças climáticas.

Alguns duvidam, mas já se pode dizer que há um consenso sobre essas mudanças que mexem com o clima da Terra: elas não são uma “coisa natural”, fruto de movimento da natureza da Terra; ao contrário, são mudanças provocadas por ações humanas, de modo especial as ações que tem a ver com o chamado “progresso”. Como isso acontece? É o que veremos na próxima edição. (Baseado no Texto Base da CF 2011, da CNBB).

Toninho Corda – agente de pastoral
antonio.corda@terra.com.br