A Igreja no Brasil, há mais de cinco décadas serve-se do período quaresmal para propor, como caminho de conversão comunitária, a Campanha da Fraternidade. Essa ação não prescinde, tampouco suprime, os gestos individuais de piedade e conversão, tão caros a este tempo litúrgico. Antes o contrário, os potencializa, pois a conversão da humanidade, do mundo, é um mote de ação cristã, como ensinara o apostolo Paulo na carta aos Romanos. (cf. Rm 12, 2)

A Campanha da Fraternidade tem larga história. Ela, nos seus anos iniciais foi elemento essencial para renovação popular da Igreja, logo após o Concílio Vaticano II. Nestes últimos anos, contudo, foi seara de polêmicas e críticas por opções que fez, mas que não foram suficientemente entendidas por alguns grupos. Posta numa balança, nota-se muito mais benefícios oriundos da Campanha do que malefícios.

Cientes dessa contabilidade favorável, os Bispos do Brasil que como homens de Deus, merecem crédito e respeito, outra vez, alçam à baila uma edição da Campanha da Fraternidade. A deste ano, visa refletir, a luz da fé, sobre a educação em nosso país, “convictos de que ela é indispensável para construção de um mundo mais justo e fraterno”. Assim ela apresenta-se com o tema: Fraternidade e Educação e com o Lema, extraído do livro de provérbios: “Fala com sabedoria, ensina com amor”. (Pr 31, 26)

Em nossa paróquia é notório o número de professores que frequentam nossa comunidade. Acreditamos, defendemos e valorizamos o trabalho deles. Cremos que a educação é o único caminho possível para superar as divisões, revanchismos e polarizações que vivemos atualmente. Sabemos que não se trata de um processo mágico, mas de um processo. Assim, neste mês em que muitas escolas recobram suas atividades, queremos laudar o trabalho dos educadores. Gostaríamos, outrossim, de pedir que por inspiração divina, professores assomassem-se ao nosso Santuário para quem sabe, executarmos algum trabalho em favor de uma mística ou espiritualidade do educador. Na verdade, uma Pastoral da Educação que seja apoio a homens e mulheres que se dedicam a esse ministério. Roguemos que Nossa Senhora do Sagrado Coração inspire com esse bom propósito alguns nossos professores educadores, fiéis do nosso Santuário.

Pe. Reuberson Ferreira, MSC
Pároco e Reitor do Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração.