4º Dia – Lucas 4, 24-30

As interpretações da Palavra de Deus nunca podem ser feitas apenas a partir de uma leitura rápida e superficial. Isso pode causar erros de leitura. Se as palavras são duras, as vezes, não podemos suavizá-las dizendo que não era bem isso que Jesus queria dizer. As suas palavras são sempre como faca cortante que dilacera tanto quanto queima e cura. Jesus quer atitudes que tragam mudanças. Quer que vejamos a cruz que traz o sofrimento, mas também a ressurreição. Cruz que implica no seguimento e com a condição de jamais desanimar.

Propósito: O Espírito Santo está em cada um de nós. Em sua oração pessoal, pense no chamado de Deus feito a você. Feche os olhos e sinta essa escolha de Deus e peça-Lhe força para prosseguir nesta missão.

Por: Pe. Air José de Mendonça

3º Dia – Lucas 13, 1-9

É muito comum encontrar evangelizadores que se queixam da dificuldade e da demora em se ter respostas quando se trata do anúncio da Palavra. Primeiro, evangelizar não é mágica. É como plantar uma semente e esperá-la germinar. Não há tempo preciso. Pode ser hoje ou amanhã. Pode faltar a chuva ou um sol escaldante que impeça o crescimento desta semente. Evangelizar é saber esperar, pacientemente.

Propósito: Teste a sua paciência. Imagine que Deus tem paciência com você e ouve constantemente as suas lamentações. Procure no dia de hoje não ser indiferente com aquela pessoa com a qual você tem dificuldade.

Por: Pe. Air José de Mendonça

2º Dia – Lucas 15, 1-3.11-32

O perdão de Deus não se constitui de observações sobre o pecado e muito menos de repreensão. Ele acolhe sem perguntas. O fato de sermos perdoados por Deus nessa imensidão de amor nos questiona e provoca em nós uma mudança. Deus não nos cobra, Seu amor nos questiona sobre o rumo que tomamos. Se por acaso Deus nos enchesse de perguntas a partir de nossos pecados, talvez não compreenderíamos o seu amor. O nosso aprendizado deve estar vinculado a isso. Amar sem medidas.

Propósito: Reze o salmo 50. Medite sobre o perdão e sobre a misericórdia. Forme-se diante de Deus. Peça a Ele o dom da misericórdia.

Por: Pe. Air José de Mendonça

1º Dia – Mateus 21, 33-43.45-46

Não é o nosso olhar superficial sobre as coisas. Em muitas ocasiões achamos que Deus tem esse olhar sem profundidade. Deus quer práticas, quer atitudes diante de sua Palavra. O que temos feito com a Palavra de Deus e como ela tem encontrado respaldo em nosso cotidiano? Há uma cobrança clara de cada um de nós que temos o conhecimento da vontade de Deus sobre nós. Precisamos ficar atentos.

Propósito: Pensar o dia de hoje a partir da vida dos santos. Cada um em seu tempo entregou-se a Deus e em cada entrega uma particularidade. Com quem quero assemelhar-me?

Por: Pe. Air José de Mendonça

29º Dia – Lucas 11, 29-32

Isso nós já sabemos. Estas palavras chegam, ás vezes, num tom duro que nos assustam por causa da imagem adocicada que temos de Jesus. Ele acolhe, ama é terno, mas não passa a mão em nossa cabeça se insistimos no erro. Ele já pegou no chicote uma vez para expulsar os vendilhões do templo e em outras chama a atenção de maneira que nos faz repensar os nossos atos. Acolhamos a dureza das suas palavras como um caminho para a maturidade na oração e na contemplação das suas ações. Ele nos conduz e sabe certamente do que precisamos.

Por: Pe. Air José de Mendonça

28º Dia – Mateus 6, 7-15

A autenticidade como caminho para sermos o que somos diante de Deus e diante das pessoas. Podemos aplicar isso em nossas orações. É sempre bom avaliarmos como rezamos, ficar atentos ao que pedimos e aceitar com resignação se o pedido não for atendido. Jesus ensina o Pai Nosso como referência de oração. Ela é a síntese da nossa predisposição para tudo. Ela nos torna autênticos, dóceis à ação do Espírito Santo e nos faz missionários onde quer que estejamos. Rezemos com mais convicção esta oração que surgiu num momento tão importante na vida dos discípulos.

Por: Pe. Air José de Mendonça

27º Dia – Mateus 25, 31-46

A referência para se entender a Palavra de Jesus é o pobre, o mais frágil, o mais necessitado. Em toda a sua vida pública em suas orações, curas e pregações, sempre buscou contemplar a figura do marginalizado e excluído do seu tempo. Hoje ele se revela assim, através do que está preso, sem comida, sem teto, sem qualquer coisa que dê a pessoas uma luz sequer de dignidade. Quando lemos esta palavra de Jesus seria importante que identificássemos as pessoas mais necessitadas que temos ao nosso redor. Somos solidários? Vemos nelas a pessoa de Jesus? Temos vontade de ajudá-la a mudar a sua vida?

Por: Pe. Air José de Mendonça

25º Dia- Lucas 5, 27-32

Jesus era prático até mesmo na forma de dirigir-se aos que o interrogavam e, principalmente, se ele via que havia má fé na pergunta ou no desejo de quem se dirigia a ele. Ele veio aos que precisavam da sua Palavra, do seu acolhimento. Não veio apenas suprir a falta de pastor, mas de ser um pastor diferente para as suas ovelhas. Jesus chama, aponta, mostra um novo caminho e não diz que será fácil para quem quiser segui-lo, mas mostra-se solidário a quem o segue. Esta coerência era uma das coisas que faltava aos fariseus e sacerdotes da época. Sejamos coerentes no ouvir e no praticar a Palavra como Jesus nos ensina.

Por: Pe. Air José de Mendonça

26º Dia – 1º Domingo da Quaresma – Marcos 1, 12-15

O Espírito Santo impeliu Jesus e ele venceu todas as tentações do deserto. Em nossa vida as tentações são diárias e constantes como foram para Jesus. Somos presas do mal e ficamos atribulados quando não conseguimos vencê-lo. Nunca será fácil vencer o mal porque ele nos fragiliza e nos torna presas fáceis através de tantas coisas mais cômodas e confortáveis. Não nos esqueçamos que este mesmo Espírito que conduziu Jesus conduz a cada um de nós e mesmo que a tentação se sobreponha sobre nós, ela não terá a palavra final. Deus é maior que tudo. Ele é maior do que qualquer mal.

Por: Pe. Air José de Mendonça

24º Dia – Mateus 9, 14-15

Sabe quando a gente quer e precisa fazer uma reforma em nossa casa e a invés de contratarmos um bom profissional ficamos fazendo arremendos nas estruturas, tapando buracos aqui e ali e logo em seguida depois de um grande vendaval tudo vai a ruína? Jesus tenta dizer aos fariseus de que o jejum é uma renúncia a tudo o que estava caducando enquanto lei. Ele, Jesus, era a Boa Nova e os seus discípulos já experimentavam aquilo que o jejum deles ainda anunciava, o salvador. É preciso entender que as nossas velhas práticas da lei só terão sentido quando elas começarem a reformar por completo o nosso coração. Sem isso, não há conversão.

Por: Pe. Air José de Mendonça