Certa vez, ao chegar em meu lar, parei para observá-la. Era de um branco novo. Não muito grande. Mas tinha um ar de imponência. Antes de entrar, olhei para o outro lado da rua. Vi uma família unida passando pela calçada. Então percebi alguma semelhança entre minha moradia e aquelas pessoas se dirigindo para algum lugar.
Pensei, pensei… Minha casa tem paredes, isso é óbvio. Mas, minha família também tem! Meu pai, minha mãe, meus irmãos e entes próximos se assemelham a elas. Sem eles que seria de mim? Um mero e único pedaço de concreto levantado!

Ah! Sim, o telhado… ele cobre minha casa. Protege-a das chuvas, do sol forte, do vento e de diversas situações do dia a dia. Será que Deus não é assim também? Ele não está sempre acima, protegendo-nos e olhando por nós?

Paredes feitas de tijolos simplesmente são muito frágeis. É preciso cimentá-las. Isso lembra o amor, não acha? Junta e fixa. Serve de conexão entre as partes de um todo.

Talvez minha imaginação tenha ido um pouco longe. No entanto, percebi como seria difícil viver sem um lar onde pudesse depositar todas as minhas lembranças, os meus desejos, o meu carinho, a minha felicidade. O que seria de mim sem minha família?

Contudo, depende também de mim que ela permaneça de pé. Zelando, preservando, pintando-a de orações e deixando-a com a cara de Deus. Preciso manter todas as paredes unidas, isto é, estar sempre próximos daqueles que amo, não os deixando de lado, mas criando momentos de unidade.

Creio que minha família se parece bastante com nossa casa. É tão bela! Por isso, depois daquele dia, digo a todos: cuidem bem de suas casas!

Thiago Thomaz Puccini