Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

Vila Formosa - São Paulo - Brasil

Dez anos de Francisco e o Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

capa-final2Há exatos dez anos, numa noite fria e chuvosa do dia 13 de março de 2013, o cardeal Jorge Mário Bergoglio era eleito Papa. Assumiu o nome de Francisco. Na praça desenhada por Berini, uma multidão de fiéis contemplava a sacada da Basílica de São Pedro, para ver e ouvir o novo bispo de Roma. Sua primeira aparição foi marcada por emoção, alegria e expectativa. Ele abençoava o povo e pedia, rezem por mim!

Hoje, passada uma década de sua eleição, Francisco impõe-se, não obstante ligeiras debilidades físicas, com um bispo simples e obstinado. Ao longo do seu pontificado, segue dando visibilidade a uma Igreja que deve estar sempre em saída, buscando aqueles que estão distantes. Igualmente, insiste na defesa da criação, na compreensão e na solidariedade com a Família e suas dificuldades. Seu trabalho notabiliza-se pela preocupação constante com os frágeis e com os empobrecidos. Enfim, o bispo de Roma persegue o ideal de uma Igreja que tenha como marca de seu serviço a fidelidade ao Evangelho.

O desejo de Francisco, para Igreja no mundo inteiro também se aplica ao nosso Santuário. Ao olharmos para essa “década franciscana” deveríamos nos questionar o quanto nosso Santuário se tornou uma Igreja em Saída, como sonha o Papa. Quais ações nós já executamos que colocaram nossa comunidade numa séria e responsável atitude de acolhimento dos frágeis, dos excluídos e daqueles que nos deixaram ao longo do caminho. Igualmente, qual é nossa postura para salvaguardar a integridade da criação (do planeta) ou para defender e acolher a família nas diversas situações em que vive. O que temos feito?

Trata-se de atitudes coletivas, comunitárias, mas também de ações particulares. Cada um e cada uma que se sente Igreja, que se sente parte deste Santuário e desenvolve sua vida de fé ou seu trabalho pastoral aqui, deve buscar um meio de ser fiel ao projeto que o Sumo Pontífice propõe a Igreja neste tempo. Não se trata de uma inovação ao sabor da moda, mas de um desejo de ser cada vez mais fiel ao Evangelho, num mundo que sempre mais está em mudança. Oxalá, busquemos ser uma Igreja a altura do projeto de Cristo, como sugere o Papa Argentino.

Com afeto,

Pe. Reuberson Ferreira, MSC.