Quem nunca olhou para uma pessoa e fez algum julgamento a seu respeito antes mesmo de conhecê-la? Eis o que chamamos “preconceito”, uma idéia pré-concebida, no geral de forma negativa, tendo por base a maneira como o outro se veste, o modo como fala, sua opção sexual, entre outros aspectos. A maioria de nós faz isso constantemente, e às vezes até sem perceber.
O preconceito é uma praga enraizada. Refiro-me a ele como “praga enraizada” porque é difícil de ser cortado. Não tratamos aqui de algo exclusivo da sociedade brasileira, o preconceito está presente em qualquer lugar onde haja pessoas que o alimente. Não seria mais digno se ao invés de ficarmos presos a esteriótipos, buscássemos entender a realidade e necessidade do outro? Disse Jesus: “Não julgueis, para que não sejais julgados”. Mt 7:1 .
O preconceito é mais antigo do que se pensa, a mudança está na maneira como ele se revela com o passar do tempo. Uma das faces mais discutidas do preconceito é certamente o preconceito racial, retratado com excelência no filme “Duelo de Titãs”, onde o abismo entre negros e brancos começa a ser diluído quando, depois de muita resistência, jovens que compunham um time de futebol americano descobrem que para vencerem precisam superar suas “diferenças”. Apesar das fortes críticas recebidas, eles aprendem a se respeitar, e mais do que isso, descobrem que é possível existir um sentimento verdadeiro entre eles capaz de ultrapassar mesmo as barreiras mais difíceis.
Não somos uma mesma série de um brinquedo, e não devemos nos tratar assim. Todos somos criados à imagem e semelhança de Deus, todos somos especiais, “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Gálatas 3:28 .
Kamila Eduarda Rios Araujo
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