Conheceremos um pouco mais, nesta edição, um casal que frequenta nosso santuário desde a década de 1950:
“Nasci na Mooca, em fevereiro de 1945.
Portanto, sou paulistano. Por volta de 1950 vimos morar aqui na Vila Formosa.
Estudei dois anos no Externato Nossa Senhora do Sagrado Coração e tinha de ir à missa todo domingo. Havia,inclusive, uma carteirinha de controle onde era carimbada para confirmar a presença na missa”, conta Antonio Corda, mais conhecido como Toninho.
“Eu nasci no interior de São Paulo, em Rinópolis, uma pequena cidade na região de Presidente Prudente, em julho de 1947. Pouco depois mudamos para Oswaldo Cruz, onde fiz minha primeira eucaristia, e depois para Lucélia. Em 1962 mudamos para a capital e vimos morar na Vila Formosa. Eu cheguei no meio da semana e no domingo já vim para a missa no Santuário juntamente com uma prima que já morava aqui há algum tempo. Encantei-me com Nossa Senhora do Sagrado Coração e desde então sempre participei das celebrações”, completa Maria Domingas Miron Esteves Corda.Por muito tempo apenas iam à missa:
“Depois que mudei para a escola pública, não ia mais à missa. Apenas nas procissões ficava nas calçadas olhando as meninas que passavam”, lembra Toninho, sorrindo. “Eu nunca deixei de ir à missa. Ele somente voltou quando começamos a namorar.
Por dois anos encontrávamos sempre no ônibus, daqui até o Belém. Eu ia para o trabalho, num escritório e ele para a escola, Saldanha Marinho. Neste período a gente ‘só tirava linha’, acrescenta Maria, também sorrindo, e explica: “tirar linha é o mesmo que paquerar”.
O encontro de pais das crianças da catequese e o Formar marcaram o casal e o início nos trabalhos da Igreja “começamos a namorar em 1964 e nos casamos em 1973. Por sinal, nosso namoro era assim: a gente ia à missa às 18h, mas ela tinha de chegar em casa no máximo às 20h30. Relembra ele. Após o casamento continuamos apenas indo à missa. Somente quando nossa filha mais velha estava se preparando para fazer a primeira eucaristia, no Colégio das irmãs, em 1985, fomos participar do encontro de pais e fomos muito bem acolhidos pelo saudoso Pe. Bertasi. Na sala havia apenas uma mesa e os pais todos estávamos sentado no chão. Ele se aproximou de cada casal, conversou e refletiu delicadamente com cada um sobre a participação na igreja. Desde então começamos a ajudar na igreja”, complementa ela. “Mas o que marcou mesmo, nossa participação ativa na igreja foi o Formar. Em 1989 fomos acolhidos de maneira impar pelo Sr. Armindo e Sr. João Bosco. Logo depois ajudamos nos Encontros de Noivos e quermesse (barraca da fogazza), depois assumimos a coordenação da Pastoral do Batismo e somos membros da Equipe de Festas. Além dessas duas, sou membro da Pastoral Fé e Compromisso Social da Região Belém, por alguns anos eu atuei como ministro extraordinário do Batismo e do Matrimônio e ela até hoje é Ministra Extraordinária da Eucaristia, conclui ele.
Graças alcançadas? Ao menos dois momentos marcaram muito a vida do casal “a primeira foi quando nossa filha engravidou aos 16 anos. Assumimos o desafio de ajudar, a criança nasceu e pouco tempo depois os pais casaram.
Nossa Senhora do Sagrado Coração foi quem mais nos deu força neste tempo”, lembra Maria. “No ano passado tive um problema sério de saúde. Após alguns exames passei por duas cirurgias sendo uma referente a um câncer. Graças a Deus e a Nossa Senhora do Sagrado Coração estou totalmente curado e nem quimioterapia precisei fazer, pois foi identificado bem no início” finaliza ele, emocionado. E ela acrescenta, com confirmação dele “neste tempo de convivência na Igreja, podemos afirmar que são tanto amigos que temos que muitos deles parecem que são nossos irmãos de sangue”!
As fotos são do Arquivo do casal.
Miguel Mota
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