Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

Vila Formosa - São Paulo - Brasil

Pequenos Detalhes, Grandes Diferenças – “emocione”

Certa vez ouvi uma história que falava sobre um menino na praia que recolhia da areia as estrelas do mar deixadas pela maré, e as colocava de volta na água. Diz a história, que um homem que passava por ali aproximou-se do garoto argumentando que de nada valia salvar uma ou outra estrela dentre tantas outras. O menino então pegou uma estrela em suas pequenas mãos e a colocou de volta na água dizendo: “para esta aqui eu fiz a diferença”.

Há indubitavelmente inúmeras coisas a serem modificadas, ou ao menos melhoradas na sociedade como um todo, e vivendo-se num mundo no qual, por distintos fatores, as pessoas tornam-se cada vez mais individualistas, pode parecer, e até mesmo ser frustrante querer realizar algo notório, ou especial para alguém, considerando que muitas vezes corre-se o risco de receber ingratidão e indiferença como resposta. No entanto é essencial lembrarmos que o amor e a solidariedade para com o próximo são sentimentos gratuitos e que apesar das adversidades, sempre haverá alguém precisando ser “colocado de volta no mar”, e que para esta pessoa poderemos fazer a diferença.

Talvez entregar marmitas a moradores de rua seja algo aparentemente censurável, esquisito, falar em Deus em uma sala cheia de adolescentes então, pode parecer no mínimo inútil! Contudo, aquelas pessoas que tantas vezes passaram despercebidas, certamente se lembrarão do dia em que alguém se preocupou com elas, e possivelmente no meio de tantos adolescentes alguns nem ouçam o que está sendo dito, outros ouvirão, e não comprenderão, mas com certeza haverá ao menos um que um dia entenderá e fará bom uso das palavras que lhe foram ditas, provavelmente até as passará adiante.

O medo, ou até mesmo o comodismo nos fazem reféns do nosso próprio mundo, e consequentemnte o que acontece ao nosso redor torna-se muitas vezes indiferente para nós. Jesus não jogava palavras ao vento, Ele se doava de corpo e alma, e de forma singular. Quão bom seria se fôssemos verdadeiramente capazes de sair, ainda que um pouco de nós mesmos, para enxergar o mundo além de nós. Pequenos sacrifícios individuais surtiriam grande efeito se realizados por diversas pessoas, e então haveriam menos estrelas na areia.

Kamila Eduarda Rios Araujo